“O traço característico fundamental destes escritos do jovem Engels, que desde logo o distingue da massa dos publicistas “jovens-alemães”, è uma tendência democrática intransigente e resoluta. E’ evidente que compartilha ao princípio de alguns preconceitos e estreitezas da burguesia democrata na Alemanha (é assim que por duas ou três vezes surge nele um nacionalismo belicoso), mas mesmo nos seus escritos de juventude mais ambíguos, não encontramos sinais da cobardia, da indecisão liberais, da grandiloquência vazia da “Jovem Alemanha”. Engels foi, desde o princípio, um democrata combativo e vigilante. Qualquer obra literária que discuta publicamente ou por carta, julga-a primeiro que tudo, perguntando-se se o seu conteúdo e a sua forma estão aptos a servir a grande causa da democracia. Isso mostra-se de maneira particularmente característica numa das suas primeiras publicações, na comparação das ‘Compilações de lendas populares alemãs’ [Deutsche Volksbucher, Cf. Mew, EB, II, pp. 13-21. (Nota de Badia)]” [George Lukacs, ‘Marx e Engels como historiadores da literatura’, Porto, 1979]
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- Articolo pubblicato:8 Febbraio 2017